EM BUSCA DA FELICIDADE


HOMEM TAMBÉM CHORA

Em primeiro lugar, é bom frisar que o filme é baseado em fatos reais. De verdade.

Em busca da felicidade conta a história de Chris Gardner; um homem como muitos brasileiros: Não desiste nunca! Um exemplo de perseverança. Com a esposa e um filho pequeno, Chris vende – ou pelo menos tenta vender - scanners de ossos para médicos que consideram o produto um luxo, mas na verdade quem sustenta a família é sua esposa (Thandie Newton) que trabalha numa lavanderia.

O aluguel da casa e seus impostos com o governo estão atrasados e, para completar, sua esposa não aguenta a pressão e o abandona com o filho Christopher de 5 anos.
Gardner, de tanto insistir, consegue um estágio sem renumeração na esperança de contratação; é despejado de duas residências e chega a dormir no banheiro do metrô com seu filho – para mim a cena mais emocionante do filme; ele faz o filho acreditar que tudo não passa de uma brincadeira, que o scanner de ossos é uma máquina do tempo e que estão sendo perseguidos por dinossauros e o único lugar para se proteger é este banheiro – muito me lembrou A vida é bela... É impossível descrever... Como se não bastasse, ele tinha que vender suas scanners pela manhã, planos de ações do estágio até às 16h, porque todos os dias ele tinha que pegar a fila de um abrigo para poder dormir tranquilamente com seu filho.

Em busca da felicidade é um filme emocionante do começo ao fim. Apesar de todos os seus azares, Gardner continua honrando todos os seus compromissos como se nada estivesse acontecendo e fazendo, muitas vezes, o seu trabalho melhor do que seus concorrentes no estágio que também esperam a contratação e, como eu não conhecia a história deste homem, o final (esperado) chega a ser surpreendente até para os mais otimistas.

Buscou-se tanto a realidade que quem faz o papel do filho de Gardner é o próprio filho do ator que o interpreta. Will Smith e seu filho Jaden Christopher Syre Smith transpassam toda a cumplicidade, veracidade e confiança de que o filme necessitava.
E eu o desafio: tente ver sem chorar!


0 comentários:

Postar um comentário

DEIXE AQUI A SUA OITAVA OPINIÃO.