A BUSCA



Primeiro filme do diretor Luciano Moura, A Busca é um drama familiar que tem Wagner Moura provando, mais uma vez, que é o melhor ator do cinema brasileiro atualmente. Com sua simplicidade e flexibilidade, a sua atuação vale o ingresso do cinema.

No filme, Theo (Wagner Moura) vive uma recente separação de Mariana Lima (Branca) com a qual tem um filho que não conversa – Pedro (Brás Antunes). Pedro, que tem tudo que um garoto gostaria de ter, resolve fugir de casa no dia do seu aniversário num cavalo preto. Desesperado, Theo pega o seu carro com gasolina infinita e vai em busca de pistas sobre o seu filho, atravessando dois estados, conhecendo pessoas e vivendo situações inusitadas que vai fazendo com que ele valorize o seu lado paterno. 

Esse road movie, às vezes meio perdido, tem cenas que poderiam ser facilmente excluídas e coadjuvantes ricos, mas pouco aproveitados. A montagem falha nesse aspecto e o roteiro ganha pontos ao fazer algo que poucas vezes acontece; ele diz muita coisa até em cenas sem diálogos. Nada é muito dito ou exposto. Isso é interessante.

O final, que alguns podem já imaginar, promete ser o ápice da emoção com um encontro entre Wagner Moura e Lima Duarte, mas não é. Para mim, o que falta em A Busca foi realmente assumir uma carga dramática maior, mas de qualquer forma é um bom filme nacional que merece ser visto. 

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