FAILOMINA
Filmes
baseados em fatos reais já ganham o meu respeito só por serem baseados em fatos
reais; mesmo porque uma história não viraria roteiro de cinema se não fosse bom.
Meio road movie que me lembrou um
pouco ‘Cartas para Julieta’, Philomena
conta a história de uma senhora que 50 anos depois de ter seu filho vendido por
freiras irlandesas, decide procurá-lo com a ajuda de um jornalista insensível e
rude.
Apesar de Philomena
ser um drama, o filme não é um filme de chorar. O diretor Stephen Frears (A Rainha) soube
conduzir a história, passeando por diversos temas polêmicos sem aprofundamentos
e deixando o julgamento para o espectador. E funciona! O foco principal do
filme deixa de ser a busca pelo filho e passa a ser a relação tortuosa e
engraçada entre uma senhorinha ingênua e o jornalista cheio de interesses pessoais/jornalísticos
no fato. Com interesses e opiniões sempre distintas, o longa é uma divertida
história de visões opostas e aprendizado.
O filme fala
superficialmente sobre a homossexualidade, além de mostrar o poder e a frieza
da igreja católica nos anos 50. Philomena é interpretada docemente por Judy Dench (007 - Operação Skyfal) e o jornalista Martin é
interpretado por Steve Coogan que também é produtor e um dos roteiritas do filme.
Judy Dench concorre ao Oscar de melhor atriz numa disputa acirradíssima e, por
isso, não me arrisco a dizer que está ganho. Mas estou torcendo muito por ela.
Vejam Philomena. A
emoção deve ficar em você e os questionamentos devem ir para o mundo.
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