
Devia ter ido ao cinema já sabendo que o diretor do filme era Clint Eastwood. Sabendo disso já ia preparado para ver um filme emocionante, já que ele tem essa mania de dirigir filmes assim - como em Menina de Ouro (2004), por exemplo. Enfim, não sabia e não estava preparado pra chorar e ver todos na sala de cinema fazendo o mesmo.
Nesse, além de dirigir, ele também atua como o protagonista Walt Kowalski - um aposentado vereterano da Guerra da Coréia. Walt acaba de perder a sua esposa e insiste em ficar morando num bairro super perigoso, em compainha da sua cadela Daisy.
Walt tem fama de "velho ranzinza" por todos, inclusive pela sua família que pensa mil vezes antes de ligar pra ele e, quando liga, é só pra pedir alguma coisa ou tentar interná-lo num asilo. Possui em sua garagem, uma raridade - um carro Gran Torino de 1972 - e não consegue esconder sua repulsa pela igreja, piercings e outras coisitas mais. Muito preconceituso também com os asiáticos, acaba ajudando, sem querer, seus vizinhos de uma grande confusão - detalhe: os vizinhos são asiáticos, mas Walt acaba se envolvendo emocionalmente com Thao (Bee Vang) - o mais novo membro da família, ensinando-o a trabalhar e "ser um homem de verdade".
Thao é sempre tentado à participar da quadrilha de seu primo e, por querer ter um destino honesto, é perseguido por isso, até que sua casa é completamente metralhada e sua irmã violentada por essa quadrilha. Thao é tomado pela sede da vingança e pede ajuda à Walt. O final, mesmo sendo um pouco previsível, não me decepcionou.
O filme vai nos guiando com cenas engraçadinhas (por identificação - detalhes nos fazem parar pra refletir) e nos leva a um drama complexo e simples de ser entendido, mesmo porque muitos de nós temos medos e preconceitos idiotas. Pode ser uma comparação chula, mas Clint Eastwood me lembra muito o escritor de novelas Manoel Carlos, que sempre traz histórias emocionantes, que nos fazem refletir, onde seus temas principais poderiam acontecer com qualquer um. Gran Torino é, como nas palvras do próprio Eastwood, uma obra sobre a tolerância.
Veja aqui o trailer, assista e tenha a sua opinião.
p.s.: comentário das moças que iam limpar a sala ao final da sessão: "Poxa! O filme é bom mesmo... todo mundo tá saindo chorando..."
5 comentários:
deu vontade de ver, mesmooo!
beijo!!!!
nota DEZ para você!!! realmente o filme é bom e eu não via a hora de terminar já tava com meus olhos vermelhos.
Olá Geo!!
É muito bom assistir um filme desses, não é mesmo? É o tipo de filme que nos envolve e nos faz refletir. Refletir em nossa vida, em como nos comportamos nela e em como interagimos com as pessoas.
O filme retrata isso muito bem. Pois ele mostra a complexidade do ser humano como aprendiz. E exemplifica isso entre os diversos tipos de relacionamento ao trabalhar com, não querendo ser redundante, relacionamento familiar, relacionamento entre vizinhos, entre pessoas de raças diferentes, etc... e vai além ao demostrar o que são capazes de fazer, entre si. Isso mostra uma realidade muito dura da vida, mas também mostra como é fácil solucionar muitos problemas. As vezes temos a chance de poder fazer muito mais e não o fazemos, seja por quem for. As vezes basta uma pequena ajuda, para "ser um homem de verdade", como você disse. Daí a importância dos detalhes, da atenção, da persistência, do despreconceito, da busca pela harmonia e felicidade.
Beijo. Karina Pereira
fvxcvcvcx
hummm fiquei muito curiosa!
esse eu vou conferir ainda nesta semana!
e já vou previnida, levando lencinhos de papel dentro da bolsa ;)
bjos!
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