ANJOS E DEMÔNIOS

DECIFRA-ME

Impressionante. Em plena segunda-feira chuvosa, a sala do cinema estava lotada.O filme Anjos e Demônios, nada mais é do que a continuação de O Código da Vinci – o que não desmerece a qualidade do filme e não evita comparações.Fico meio com o pé atrás com filmes que vieram de best-sellers; geralmente gosto mais dos livros do que dos filmes. Com você é assim também? Maaaaaaaaaaaaas...

Descobre-se a antimatéria com força capaz de causar uma explosão que poderia destruir o Vaticano e esta antimatéria, produzida em laboratório, é roubada por uma irmandade secreta milenar conhecida como Illuminati - muito perseguida pela Igreja no passado.Com ameaças em códigos e charadas, o professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) é procurado para ajudar a desvendar a identidade desses criminosos, já que além de terem sequestrado quatro cardeais e ameaçar de matá-los um a cada hora, a "bomba" está em poder deste grupo e irá explodir em poucas horas. Com a ajuda da cientista Victoria Vetra (Ayelet Zurer), as pistas vão sendo desvendadas ao mesmo tempo em que, às vésperas da eleição de um novo Papa, a Igreja tenta manter tudo em segredo. Uma trama que envolve e causa inúmeras surpresas.

O diretor Ron Howard e o roteirsta Akiva Goldsman conseguem condensar e tornar simples os complexos signos e significados da trama. O filme é bem dinâmico e a parceria milionária (dizem que só o roteirista ganhou R$4 milhões de dólares) está de parabéns. Uma maravilhosa surpresa, já que em O Código da Vinci, a grande fraqueza do filme foi justamente o roteiro cansativo e confuso.
Dan Brown, escritor dos best-sellers, retrata de forma crítica e muito realista os dogmas e opiniões da Igreja Católica – motivo pelo qual o mesmo ser bastante perseguido e questionado sobre as coisas que escreve. Um mestre quando o assunto é misturar ficção e realidade. Em Anjos e Demônios a Igreja é menos criticada; mostra que a Igreja é falha porque é administrada por homens e toca num assunto interessantíssimo, que vive se cruzando e se estapeando: a relação entre a fé e a ciência.