
INTRIGANTE
Interpretado por três diferentes atores para diferentes épocas de sua vida, Matheus Souza na infância, Ângelo Antônio na juventude e Nelson Xavier, este último realmente impressiona pelas características físicas já semelhantes e fica pra ele todo o mérito do filme. Nelson que, muitas vezes não é reconhecido como deveria, dá um show de interpretação. Chico Xavier mostra toda a história de vida deste médium através de milhares de centenas de flashbacks. Isso porque o filme é concentrado num debate que aconteceu em 1971 num programa chamado Pinga Fogo que era ao vivo e deveria durar 60 minutos, mas acabou durando cerca de 3 horas. Nesse programa ele foi sabatinado por pessoas que queriam “desmascará-lo” e até psicografou ao vivo...
Esta cinebiografia foi contada de forma fria e algumas vezes cômica – ao ver suas cenas com Emmanoel – seu guia espiritual, a ponto de só emocionar em dois momentos que nem pertencem à Chico; uma quando Cristiane Torloni desabafa sobre a morte de seu filho com a mãe do “assassino” e quando Tony Ramos fala que é ateu, mas que acredita na carta de seu filho psicografada por Chico – mesmo assim são cenas rápidas, mas que não prejudicam o filme. Pelo contrário, talvez tenha sido esse o maior desafio do diretor; fazer com o filme não virasse um melodrama como Dois Filhos de Francisco ou Lula.
Sucesso de público garantido, tanto que ficou algumas semanas no topo das bilheterias nacionais e um ótimo filme do começo ao fim (literalmente), já que pela primeira vez vi o público da sala de cinema ficar até a última letrinha dos créditos finais. Esse fato aconteceu porque cenas reais de Chico Xavier no Pinga Fogo são passadas enquanto passa os créditos do filme.
Detalhe: Esse texto não foi psicografado.
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