
COR DE ALGUMA COISA
No subúrbio de Recife é contada três bizarras e possíveis histórias paralelas. Lígia (Leona Cavalli) dorme e trabalha num bar e não suporta mais sua vidinha, onde os homens a bolinam durante seu expediente. Kika (Dira Paes) é uma religiosa casada com Wellington (Chico Diaz) que, enquanto respeita a moralidade de sua esposa, tem uma amante. Dunga (Matheus Nachtergaele) é um gay que faz de tudo no decadente Hotel Texas e é apaixonado por Wellington. O filme não tem um protagonista, mas Matheus Nachtergaele, pra variar, rouba a cena e é a partir dele que os ‘microcontos’ começam a se interligar.
Até as histórias se interligarem, o longa parece episódios do extinto ‘Brava Gente’ da Rede Globo e não foi feito para agradar. A classificação indicativa é de 18 anos, mas não é só pela cena que Leona levanta o vestido e mostra a vagina para Isaac (Jonas Bloch). Além disso, o filme incomoda por mostrar cenas comuns para alguns, mas que para outros é nojento, como na sequência em que se mostra todo o processo de matança de um boi num açougue e mostra Chico Diaz numa cena simples e memorável ao desossar pedaços do boi sem o mínimo de higiene.
É preciso persistência para vê-lo até o fim, até mesmo pelo ritmo do filme, mas tenho certeza que ao final, você vai perceber que foi até bom tê-lo visto.
2 comentários:
quando eu assisti pensei que o final seria mais chocante. eu amei a fotografia, e amei Dira Paes!
bem observado... a fotografia deixa o filme bem mais 'sujo', né?
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