O HOMEM DO FUTURO

TEMOS NOSSO PRÓPRIO TEMPO



Algo jamais feito no cinema brasileiro. Só isso já é um bom motivo para você ver este filme. Uma comédia romântica com ficção científica bem construída e com ótimas atuações de Wagner Moura e Alinne Moraes, além de efeitos especiais e cenografia que não deixam nada a desejar das produções norte americanas.

O Homem do Futuro conta a história do cientista João ou ‘Zero’ (Wagner Moura) que viveu um grande trauma durante uma festa da faculdade em 1991. Apaixonado por Helena (Alinne Moraes), João – tido como nerd - é ridicularizado no palco na frente de todos da festa e ele vive com este trauma até inventar uma máquina que o faz voltar exatamente na festa em que ele foi humilhado para impedir a repetição deste momento dramático. Porém, mexer com os fatos do passado acaba complicando ainda mais o futuro e chega um momento em que os três ‘Joões’ se encontram para discutir qual seria o melhor destino para o ‘João adolescente’. Apesar dos três serem interpretados por Wagner, cada um tem uma linha de atuação diferente e o esforço e brilhantismo de Wagner é amplamente perceptível.

Quem nunca sentiu vontade de voltar ao tempo e mudar algo em sua vida? Mesmo aqueles que dizem “não me arrependo de nada”. Até estes já pensaram sim; mesmo que por um instante. Tenho certeza! Mas, pra tudo que acontece em nossas vidas, tiramos uma lição; é essa a lição do filme. Não existe vida perfeita; existe a nossa vida e ela é única.

Durante todo o filme, a música Tempo Perdido do Legião Urbana está presente. Ela vai e volta nas vozes dos protagonistas e a impressão que dá é que o filme foi todo pensado a partir desta música que é um hino do nosso rock. Não é exagero falar que Renato Russo nos deixou muito mais do que boas músicas e Claudio Torres (diretor e roteirista) soube muito bem aproveitar o tema da canção, mesmo que o filme dê diversas idas e vindas nesta festa e muitas das cenas se repitam. Nada que perca o ritmo do roteiro – tudo fica bem encaixado. Claudio Torres tem essa característica de fazer filmes simples, bons e longe do lugar-comum do panorama tupiniquim (como ‘A Mulher Invisível’ e ‘O Redentor’). Um ótimo passatempo e uma ótima pedida para divertimento num finzinho de semana.





Abaixo, a letra da ‘música-tema’ do filme (podem cantar! rsrs):

Todos os dias quando acordo,
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo.


Todos os dias antes de dormir,
Lembro e esqueço como foi o dia
"Sempre em frente,
Não temos tempo a perder".


Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem,
selvagem;
selvagem.


Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor dos teus
Olhos castanhos
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo,
Temos nosso próprio tempo,
Temos nosso próprio tempo.


Não tenho medo do escuro,
Mas deixe as luzes acesas agora,
O que foi escondido é o que se escondeu,
E o que foi prometido,
Ninguém prometeu.


Nem foi tempo perdido;
Somos tão jovens,
tão jovens,
tão jovens.





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